Na esfera da desigualdade
não há pão
que mate a fome.
Não há verso
que resolva.
Não há montanha
que não morra.
As crianças definham
mais rápido que
cristal líquido.
Os poetas
estão em ponto
de bala.
Pros corações
que estão
no frio.
sem casa.
Na esfera
da humanidade.
Querer tudo pra si
não é cura.
é desporvir.
Aline LiRa Santos, 2013/ Julho/ Brazil
sinto-me: